O diário da turma que botou pra quebrar

Primeira semana de dezembro, primeiro sábado… e nós estamos como? Aposto que todo mundo está pensando no tanto de lembrancinha que tem que comprar, além da lista de presentes de Natal, diante das diversas confraternizações e respectivos “Amigos Ocultos” que são costumeiros dessa época. A preocupação é tamanha que serviu de inspiração para o Reel desta semana, que traz uma dica incrível e superbaratinha: o Kit Marca Página da BSB Memo, que é formado por três marcadores magnéticos cheios de estilo e inspirados em Brasília, claro! Detalhe: pelo preço que ele tem, transforma-se na melhor opção para quem quer impressionar sem ter que gastar muito. Afinal, o melhor presente não é o mais caro, mas aquele que causa a melhor impressão. Deixa eu aproveitar para dizer ainda que você pode comprar online, clicando neste link, ou indo até a Banca da 308 Sul.

Uai… mas já entregou o ouro assim no primeiro parágrafo sem nenhum suspense, zero firulas? Sim, hoje a ordem é inversa, pois este jornalista que vos escreve sabe que assim que muita gente assistir a esse Reel, além de querer comprar imediatamente o Kit Marca Página, vai ter um acesso de curiosidade para saber que livro aparece de coadjuvante na filmagem. E bora combinar, trata-se de uma baita figuração, um dos meus xodós: O Diário da Turma 1976-1986: A História do Rock de Brasília, de Paulo Marchetti, uma obra essencial para entender o nascimento e o desenvolvimento do rock brasiliense. Publicado inicialmente em 2001, o livro simplesmente se tornou uma referência por documentar, de forma detalhada, a efervescência cultural da cidade entre os anos 1970 e 1980, quando surgiram bandas icônicas como Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial.

O título, de fato, faz jus à obra, que narra histórias e fatos pitorescos de uma Brasília que fervilhava. E tem de tudo: até a famosa “Rockonha” é revelada por personagens que viveram aqueles que considero os dias de glória da capital federal, pensando no espírito de rebeldia do mais puro Rock’n Roll made in cerrado! Na verdade, o livro narra como Brasília, uma cidade ainda jovem, se transformou em um celeiro para o rock nacional. Marchetti explora, com maestria, o impacto das peculiaridades locais, como a ausência de uma vida noturna tradicional, que levou jovens a criarem suas próprias alternativas culturais.

Relatos pessoais, fotografias e documentos resgatam histórias inéditas sobre os integrantes da “Turma da Colina”, grupo de amigos que deu origem às bandas mais representativas do período. E pode acreditar: o livro não fala só do Renato Russo, do Dinho, ou seja, dos mais famosos; ali tem uma galera que vai soar desconhecida para muita gente, mas que, na verdade, estava todo mundo junto no mesmo barco dessa grande revolução sonora. E, além da música, a obra aborda temas como política, comportamento e as transformações sociais da época, refletindo como esses fatores influenciaram o movimento cultural.

Outro traço de destaque do livro, que é raro mas, pesquisando para esse texto, descobri que tem na Amazon, é como Marchetti, através do seu processo de pesquisa, oferece uma visão íntima e envolvente do cenário. Sim, o tom de celebração dos grandes sucessos das bandas pode ser percebido na leitura, mas também mostra os desafios enfrentados por esses jovens músicos, desde as dificuldades em encontrar espaços para tocar até as primeiras gravações. Com status cult, o livro foi relançado em edições revisadas, reafirmando sua importância histórica e documental, sendo usado frequentemente como referência em debates e pesquisas sobre a música brasileira e a cultura de Brasília, e sendo elogiado por sua autenticidade e riqueza de detalhes.

Se conseguir adquirir um exemplar, fica o meu desejo certo de “boa leitura” e meus parabéns, pois você terá em casa uma “Bíblia” do Rock Candango para deixar pros seus filhos e netos como herança.

Crédito fotográfico: Gilberto Evangelista

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